Impulsionado pela bilheteria e popularidade de ‘Laços de Sangue’, o sétimo capítulo da franquia já está em desenvolvimento, mas terá o desafio de continuar a saga sem seu ator mais icônico, Tony Todd.
Em Hollywood, o sucesso gera velocidade. E poucos sucessos foram tão rápidos e ressonantes quanto o de “Premonição 6: Laços de Sangue”. Lançado nos cinemas em maio deste ano e tendo chegado recentemente ao catálogo da Max, o filme não apenas reviveu uma franquia dormente há mais de uma década, mas o fez com uma força que garantiu seu futuro imediato. A New Line Cinema confirmou oficialmente: Premonição 7 já está em seus estágios iniciais de desenvolvimento.
A decisão não é uma surpresa. “Laços de Sangue” provou ser um fenômeno, quebrando recordes para a série com uma estreia doméstica de US$ 51 milhões e arrecadando impressionantes US$ 285 milhões na bilheteria mundial – um número espetacular para o gênero de terror. O filme conseguiu a proeza de reinventar a fórmula sem trair sua essência, um feito que agora serve de alicerce para o próximo capítulo.
A Fórmula da Reivenção
O sucesso do sexto filme veio de sua coragem de mexer na estrutura da saga. Ao introduzir uma trama multi-geracional, onde a decisão de um único indivíduo de evitar um desastre amaldiçoou seus descendentes, a história ganhou um novo e fascinante nível de mitologia. Somou-se a isso um retorno a sequências de morte mais criativas e verossímeis, afastando-se dos exageros que levaram a franquia à saturação no passado.
Para garantir a continuidade dessa visão, a New Line aposta na manutenção da equipe criativa. A roteirista Lori Evans Taylor, peça-chave na elaboração da história de “Laços de Sangue”, foi confirmada no novo projeto. A ela se junta o poderoso time de produtores que inclui Jon Watts, o visionário por trás da trilogia Homem-Aranha do MCU, além dos veteranos da franquia Craig Perry e Sheila Hanahan Taylor. Ainda não há confirmação sobre o retorno dos diretores Zach Lipovsky e Adam Stein, mas as negociações são esperadas.
Uma Nova Era Sem Seu Guardião
“Premonição 7” marcará, no entanto, um momento agridoce e definitivo para a saga: será o primeiro filme sem a presença imponente de Tony Todd. O ator, que faleceu em 2024, imortalizou o personagem William Bludworth, o misterioso agente funerário que servia como o arauto das regras da Morte. Com a morte de seu personagem também no filme anterior, a franquia agora seguirá em frente, tendo o desafio de preencher o vácuo deixado por sua figura mais icônica.
Análise: O Cuidado Para Não Repetir os Erros do Passado
O caminho para “Premonição 7” parece claro. “Laços de Sangue” provou que a propriedade intelectual ainda tem muitos caminhos a seguir, sem precisar se prender ao passado. A chave para o futuro será manter o frescor da mitologia recém-introduzida, explorando as “regras” e as “linhagens” que podem enganar a Morte.
Ao mesmo tempo, a produção deve tomar o cuidado de não subestimar a imaginação do público apelando para mortes muito exageradas, que foram exatamente o que contribuíram para deixar a série saturada antes de seu longo hiato. O equilíbrio entre o suspense engenhoso e o espetáculo visceral foi o que fez o sexto filme funcionar, e essa deve ser a lição primordial para a sequência.
Com uma base sólida, uma equipe criativa testada e uma nova mitologia para explorar, a franquia parece ter, enfim, enganado seu próprio destino. A Morte, como sempre, aguarda pacientemente sua próxima consulta nos cinemas.
