Movimento, que pode ocorrer em 2026, seria o passo mais ousado na estratégia multiplataforma da Microsoft até agora, redefinindo o conceito de exclusividade na indústria de games.
A muralha que separava os grandes exclusivos da Microsoft das plataformas rivais parece estar cada vez mais perto de ser implodida. Um novo e forte rumor, vindo de fontes confiáveis da indústria, indica que Starfield, o monumental RPG de ficção científica da Bethesda, pode ser lançado para o PlayStation 5. A janela de lançamento especulada para esta versão seria em 2026, após a chegada de sua grande expansão, “Shattered Space”, no ecossistema Xbox e PC.
A informação, que ganhou tração a partir de discussões de insiders como Jez Corden, do Windows Central, não surge no vácuo. Pelo contrário, ela representa o que seria o próximo passo lógico e mais impactante na estratégia multiplataforma que a Microsoft, sob a liderança de Phil Spencer, iniciou de forma experimental em 2024 e consolidou ao longo de 2025.
O que começou com títulos de menor escala, como o aclamado Hi-Fi Rush e o charmoso Pentiment, e evoluiu para jogos como serviço de sucesso, como Sea of Thieves, demonstrou ser uma tática comercialmente viável. Esses lançamentos não apenas foram bem-sucedidos financeiramente no console da Sony, mas também serviram como um termômetro para medir a receptividade da comunidade e o impacto real sobre a marca Xbox. O resultado parece ter sido positivo o suficiente para justificar a expansão da iniciativa para suas joias da coroa.
Levar Starfield ao PlayStation 5, no entanto, é uma decisão de outra magnitude. Diferente de jogos mais antigos ou de menor orçamento, Starfield foi posicionado como um dos principais “system sellers” do Xbox Series X|S e um pilar do serviço Game Pass. Sua chegada à plataforma concorrente sinalizaria uma mudança de filosofia fundamental: para a Microsoft, o potencial de receita de um título de grande porte em um mercado mais amplo pode, finalmente, ter superado seu valor como um ativo exclusivo para vender hardware.
Do ponto de vista editorial, estamos testemunhando em tempo real a desconstrução do conceito tradicional de “guerra de consoles”. A estratégia da Microsoft parece se focar menos em qual hardware o jogador possui e mais em garantir que seus jogos e serviços estejam acessíveis ao maior número de pessoas possível. É um modelo que prioriza o faturamento de software sobre a venda de consoles, uma abordagem pragmática que reflete as realidades econômicas da multibilionária indústria de games.
Até o momento, a Microsoft não fez um anúncio oficial, e é crucial tratar a informação como um rumor bem fundamentado, mas ainda assim um rumor. Contudo, todos os sinais emitidos pela empresa nos últimos 18 meses apontam para essa direção. A questão parece não ser mais “se” os grandes jogos da Microsoft chegarão a outras plataformas, mas sim “quando” e “quais”.
Se confirmado, o lançamento de Starfield para PlayStation 5 não será apenas uma grande notícia para os donos do console da Sony. Será um marco, o ponto de inflexão que oficializa o fim de uma era e o início de uma nova realidade na qual as fronteiras entre ecossistemas são cada vez mais fluidas e permeáveis.
