A Reviravolta da Série ‘Alien’ que Muda Tudo o que Sabíamos Sobre a Franquia

Ao revelar que o Xenomorfo chegou à Terra antes do filme original – e nas mãos de uma empresa rival –, a nova série de Noah Hawley redefine a motivação da Weyland-Yutani e a história que conhecemos há 45 anos.

Por quase meio século, a saga Alien foi construída sobre um pilar narrativo fundamental: a busca obsessiva e perpetuamente fracassada da corporação Weyland-Yutani para capturar um Xenomorfo e trazê-lo à Terra. De O Oitavo Passageiro a Covenant, cada tentativa terminou em desastre, morte e com o “prêmio” escapando por entre seus dedos. A nova série Alien, de Noah Hawley, acaba de dinamitar essa fundação com uma revelação que recontextualiza tudo o que veio antes.

Em seu terceiro episódio, a série ousou mostrar o que nenhum filme jamais mostrou: o objetivo da Weyland-Yutani foi, de fato, alcançado. Mas não por ela.

O Fracasso como Motor da Franquia

A história da Weyland-Yutani nos cinemas é uma crônica de falhas catastróficas. Na Nostromo, a tripulação foi um dano colateral em uma tentativa frustrada. Em LV-426, o plano de contrabandear um espécime foi por água abaixo com a destruição da colônia. Em Alien 3, a equipe de resgate não conseguiu recuperar a criatura. Em A Ressurreição, a nave com os clones caiu antes de chegar ao nosso planeta. A mensagem sempre foi clara: a ganância da corporação era tão grande quanto sua incompetência em controlar a criatura perfeita.

A Reviravolta: O Inimigo Venceu a Corrida

A nova série, ambientada décadas antes do filme de 1979, joga essa premissa pela janela. No episódio 3, intitulado “Metamorfose”, descobrimos que não apenas um Xenomorfo adulto, mas também vários ovos, chegaram à Terra muito antes da missão da Nostromo. O detalhe mais chocante é que as amostras foram roubadas e asseguradas por uma corporação rival, a Prodigy.

Pela primeira vez na história da franquia, vemos o cenário que a Weyland-Yutani sempre sonhou: cientistas em um laboratório terrestre, em condições supostamente controladas, estudando a biologia do Xenomorfo e realizando experimentos bizarros (como os testes envolvendo o pulmão de um personagem). A cena é um divisor de águas: o grande objetivo da vilã mais icônica da saga foi, na verdade, alcançado primeiro por seus concorrentes.

Recontextualizando a Ordem Especial 937

Essa reviravolta não é um mero detalhe; ela lança uma nova luz sobre os eventos do filme original. A infame “Ordem Especial 937” – que designava a tripulação da Nostromo como “dispensável” para garantir o retorno do organismo – deixa de ser apenas um ato de ganância proativa. Ela se torna um ato de desespero reativo.

A Weyland-Yutani não estava apenas tentando ser a primeira a obter a arma biológica definitiva; ela estava correndo para recuperar o atraso de uma rival que já estava à sua frente. Isso torna a obsessão da empresa ainda mais perigosa e sua negligência com vidas humanas ainda mais calculada. A missão da Nostromo não foi o começo da caçada, mas uma jogada arriscada em uma guerra fria corporativa que já estava em andamento.

Com essa mudança, Noah Hawley enriquece a mitologia sem desrespeitar os clássicos. A série estabelece que o horror do Xenomorfo em solo terrestre não era uma questão de “se”, mas de “quando”. E, para o azar da Weyland-Yutani, eles chegaram em segundo lugar.

Novos episódios de “Alien” estreiam nas noites de terça-feira, com exclusividade no Disney+.

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