Mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,7 bilhões) em criptomoedas foram roubados desde o início de 2025 por hackers da Coreia do Norte. A análise foi divulgada pela empresa Elliptic, especializada em blockchain, e representa o maior valor anual já registrado na história.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os crimes cibernéticos são cada vez mais utilizados pelo regime norte-coreano para financiar seu programa nuclear e de mísseis. Desde 2017, o valor total furtado já ultrapassa os US$ 6 bilhões.
Uma Nova Tática de Ataque
Uma mudança de método nos ataques foi apontada pelo relatório da Elliptic. Antes, falhas de segurança em plataformas e sistemas eram exploradas pelos hackers. Agora, o foco tem sido em indivíduos de alto patrimônio, como grandes investidores.

Essas vítimas são enganadas por meio de engenharia social, uma técnica de manipulação para que o acesso a suas carteiras digitais seja obtido. Essa nova fase representa uma mudança em que o elo mais vulnerável é o humano, e não o técnico.
Financiamento do Programa Nuclear
Mais de 30 ataques foram atribuídos aos hackers da Coreia do Norte somente neste ano, um número que já triplica o total de 2024. O maior deles foi o roubo de US$ 1,46 bilhão da corretora Bybit, confirmado por autoridades dos Estados Unidos.
Relatórios do Japão, Coreia do Sul e EUA associam os roubos diretamente ao financiamento do programa nuclear de Kim Jong-un. As criptomoedas furtadas são lavadas por meio de transações complexas e plataformas de difícil rastreamento para ocultar sua origem. (Relatórios da ONU detalham o uso de crimes cibernéticos pela Coreia do Norte).



